Islândia (dia 12): Um dia na capital Reykjavik e seus museus

Explorando o passado e o presente da maior e mais antiga cidade do país


Como não podia deixar de ser, planejei um dia para explorar a capital da Islândia. O nome Reykjavík vem de reykja (fumegante) e vík (baía), isso devido às várias fontes termais no local. Ali teria sido o primeiro assentamento permanente na Islândia, feito pelos Vikings, porém, não havia desenvolvimento urbano até o século 19. Talvez por isso não possua uma arquitetura antiga que chame a atenção como no restante da Europa, mas a qualidade de vida é nota dez, sendo uma das mais seguras, limpas e organizadas do mundo. É a capital mais ao norte do mundo e que abriga 2/3 da população da Islândia, apesar de parecer uma cidade de porte médio do interior de São Paulo, por exemplo. 


MUSEU FALOLÓGICO ISLANDÊS

Comecei explorando a cidade de fora para dentro do centro. O primeiro ponto visitado foi um de seus museus mais exóticos. O Museu Falológico (veja aqui a localização no Google Maps) possui uma coleção de mais de 215 pênis de quase todos os mamíferos terrestres e marinhos da Islândia. Mas não é só isso, também possui várias curiosidades, havendo até pênis de seres folclóricos 😲. O museu funciona diariamente das 10h às 18h e a taxa de entrada é 1.500 ISK (abril 2018).

The Icelandic Phallological Museum


Museu com mais de 215 pênis de mamíferos terrestres e marinhos


São 56 espécimes pertencentes a 17 tipos diferentes de baleias


Pênis de baleia


Com o corte transversal é possível observar os vasos cavernosos


Pênis de um... elfo??? 😒


Curiosidades e informações do mundo do pênis


Mensagem subliminar na moeda de 2 Euros


A lojinha do museu tem vários artigos bizarros e engraçados


HOFDHI HOUSE

Caminhando cerca de 800 metros (10 min) desde do Museu Falológico, fica a Höfði House que é uma casa de madeira construída em 1909. Em outubro de 1986, a casa sediou a Conferência de Reykjavík, a mais importante reunião entre Reagan (EUA) e Gorbachev (URSS) que teria sido o "início do fim" da Guerra Fria. Não está aberta para visitação no interior. Veja a localização no Google Maps

A casa de madeira datada de 1909 fica próxima à baía de Reikjavík


Essa casa abrigou a reunião entre Ronald Reagan e Mikhail Gorbachev


SOLFAR SUN VOYAGER

Mais 1 km de caminhada pelo litoral a partir da Höfði House até chegar nessa escultura surrealista do artista Jón Gunnar Árnason. Segundo o autor (que devia estar muito doido) a escultura simboliza o "barco dos sonhos", transmitindo a promessa de território não descoberto, um sonho de esperança, progresso e liberdade, etc., etc.

Escultura Solfar Sun Voyager no calçadão litorâneo


HALLGRÍMSKIRKJA

Esse é o nome complicado de uma imensa igreja de concreto que é um dos símbolos da capital Reykjavík. É a maior igreja na Islândia e a sexta estrutura mais alta do país, podendo ser vista de uma distância de 20 km. Dizem que seu arquiteto, Guðjón Samúelsson (1887–1950), se inspirou nas colunas basálticas, como aquelas da cachoeira Svartifoss, para projetar a fachada da igreja. Ele morreu antes de ver sua conclusão (a obra durou de 1945 a 1986). Veja aqui a localização no Google Maps.

A Hallgrimskirkja é um dos maiores símbolos da cidade


A igreja possui outras atrações além da sua arquitetura diferenciada. Uma delas é o órgão de 5.275 tubos, instalado em 1992, a outra é a imensa torre de 74,5 metros de altura que pode ser alcançada por um elevador mediante uma taxa de 1000 ISK (abril 2018). Mais informações no site http://en.hallgrimskirkja.is/

A torre da igreja possui 74,5 metros de altura


Os vitrais no altar aproveitam a entrada das luzes naturais


Os bancos são acolchoados


O órgão de 5.275 tubos é uma das atrações do interior da igreja


Ao sair da igreja, presenciei um desfile patriótico com criadores de cavalo islandês. Um grupo de amazonas levando bandeiras da Islândia se posicionaram em frente à Hallgrimskirkja sob as palmas do povo e os "tiros" dos fotógrafos. E para complementar aquele evento na manhã de domingo, o prefeito de Reykjavík disse algumas belas palavras no microfone (pena que eu não entendi nada em islandês 😰).

Desfile das amazonas islandesas


O público aplaudiu o evento patriótico


A combinação: Cavalos, amazonas e a bandeira da Islândia


O povo seguindo as amazonas pelas ruas de Reykjavík


MUSEU NACIONAL DA ISLÂNDIA

Este é um dos mais importantes museus do país, com artefatos desde a época da colonização até a era moderna. O primeiro andar exibe desde a Era do Assentamento até a introdução do cristianismo. São raras peças como espadas, chifres de beber, tesouros de prata, a porta da igreja Valþjófsstaðir, do século XIII, e uma estranha figura de bronze de Thor. 

Museu Nacional da Islândia


Estátua que gera dúvida se representa Thor (deus nórdico) ou o Jesus cristão


Íslendingabók ou The Book of Icelanders


Esqueletos de um adulto e de uma criança encontrados no sítio do assentamento antigo


Figuras mitológicas talhadas em pedras


Arte sacra cristã feita em madeira: St Olav, Rei da Noruega


Adereços de metais com a simbologia da serpente


Cadeira feita em madeira com detalhes simbolizando dragões


Pessoas montando dragões: lenda ou vestígios de um passado fantástico?


Placa dourada de um anjo tocando duas trombetas


O segundo andar do museu exibe peças da história mais recente da Islândia, como na época das guerras mundiais, de sua independência e do início do século 21, por exemplo. O museu funciona das 10h às 17h diariamente, exceto às segundas quando fecha. Veja a localização do museu no Google Maps. Ingresso: 2.000 ISK (abril 2018). Mais informações no site: http://www.thjodminjasafn.is/english

Baðstofa: antiga casa de madeira no estilo dos camponeses antigos


Pequeno barco usado pelos islandeses há vários séculos


Itens do cônsul alemão na Islândia preso pelas tropas britânicas em 1940


Marfim talhado com cenas de deuses nórdicos e um aparente casal homossexual


MUSEU CASA DA CULTURA

"The Culture House" foi a antiga sede do Museu Nacional da Islândia, antes de ser construído o prédio novo. Hoje em dia é uma extensão daquele outro museu, tendo o valor do seu ticket incluso no valor do ticket do Museu Nacional. Resumindo: paga 2.000 ISK e ganha ingresso para o Museu Nacional e a Casa da Culltura. Ficam um pouco distantes entre si, mas eu fui caminhando sem problemas. Veja aqui a localização no Google Maps. Mais informações no site: http://www.culturehouse.is/

Um dos poucos trabalhos da polícia: buscar um bêbado na porta do museu


Antigo livro com relatos de unicórnio


Vulcões da Islândia catalogados e registrados na figura antiga


Ingólfur Arnarson, junto com sua tripulação, foi o primeiro habitante da Islândia e quem deu nome à Reykjavík


ASSENTAMENTO VIKING

Esta ruína arqueológica é a fundação de um casarão Viking do século X que foi descoberta entre 2001 e 2002. Funciona como um museu que se utiliza da tecnologia para dar vida ao passado e deixar evidente como era a vida nos primórdios da Islândia. Funciona diariamente das 9h às 18h. Veja aqui a localização no Google Maps. Ingresso: 1.650 ISK. Mais informações no site: http://borgarsogusafn.is/en/the-settlement-exhibition 

O mais antigo vestígio arqueológico já achado do antigo assentamento Viking em Reykjavík


As ruínas se encontram abaixo do nível do solo da cidade


Ferramentas e utensílios de madeira encontrados no sítio arqueológico


Próximo ao Assentamento está o Alþingishúsið, o antigo parlamento de Reykjavík, e a City Hall, onde funciona um organizado centro de apoio ao turista. Depois fui de carro conhecer o Kringlan, o maior shopping da cidade com 170 lojas, mas não era nada demais. O segundo maior shopping é o Smáralind com 90 lojas. Todos os shoppings fecham às 19h! 😱  

O passado: E tudo começou com os Vikings


O presente: Escultura denominada "O Burocrata Desconhecido" (1993)


Para encerrar o dia, segui por 50 km em direção à cidade de Grindavík, onde está localizada a famosa Blue Lagoon, um dos maiores pontos turísticos da Islândia. Pernoitei na estrada para acordar cedo e entrar na piscina assim que abrisse.


VEJA O VÍDEO

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Roteiro completo: MISSÃO ISLÂNDIA

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Sobre o autor

Sobre o autor
Renan é carioca, mochileiro, historiador e arqueólogo. Gosta de viajar, fazer trilhas, academia, ler sobre a história do mundo e os mistérios da arqueologia, sempre comparando os lados opostos de cada teoria. Cada viagem que faz é fruto de muito planejamento e busca conhecer o máximo de lugares possíveis no curto período que tem disponível. Acredita que a história foi e continua sendo distorcida para beneficiar alguns grupos, e somente explorando a verdade oculta no passado é que se consegue montar o quebra-cabeça do mundo.