Começa a confusão que terminaria na delegacia
Ao sair do Mirador de las Américas,
novamente o taxista falou que me levaria para outro lugar, agora para
Casco Viejo, a parte antiga da cidade. Perguntei de novo sobre o
valor que seria cobrado e o taxista novamente desconversou. Comecei a
me estressar com essa atitude e falei que se ele não me falasse o
valor poderia parar o taxi que eu iria descer. Foi então que ele
veio com o papo de que um tour como aquele custaria U$ 200 com outros
taxistas, mas que ele não cobraria mais que U$ 100! Lembrei na mesma
hora que eu havia sondado no hotel e que um tour por toda a cidade
custava U$ 70... era lógico que ele queria me enrolar. Afirmei ao
taxista que não foi isso que a gente havia combinado e que eu
pagaria no máximo U$ 15 por Amador Causeway mais U$ 15 pelo mirante
da ponte e que ele poderia parar o taxi que eu queria descer. O
vagabundo continuou dirigindo o táxi para Casco Viejo e discutindo
comigo falando que esse preço era “tabelado”. Foi aí que me
irritei de vez.
Comecei a gritar com o taxista e falei
que a gente iria resolver isso na polícia. Mandei ele parar numa
delegacia que eu não pagaria o valor que ele queria. Foi aí que ele
disse que estava no país dele que que a polícia não daria razão
pra mim. Já entrando no local de Casco Viejo, passamos pela
delegacia turística e eu mandei ele parar o táxi. Ele não parou,
continuamos discutindo em tom de briga e então ele parou em frente a
outra delegacia (uma não turística).
Malandro panamenho e golpista no táxi
Entramos na delegacia e ele começou a
contar a versão dele e eu contando a minha. Enquanto isso, o
policial sentado na recepção ouvindo com uma expressão aparentando
estar de “saco cheio”. Quando terminamos de falar, o policial
encarou o taxista e começou a dar sermão, afirmando que como eu era
estrangeiro ele teria a obrigação de deixar claro os valores dos
deslocamentos. Ao ver o taxista tomando o “esporro” eu pensei:
ganhei essa!
Esse policial chamou outro, contou
sobre a ocorrência, e este segundo policial me perguntou quanto eu
pagaria. Expliquei que pagava U$ 30 pelos dois locais que ele me
levara. Ele pensou, pediu para pagar U$ 35, então eu entreguei o
dinheiro para o taxista que saiu revoltado da delegacia. Ele devia
estar acostumado em dar esse golpe em turistas que no final pagam
para não se estressar. Não contava que eu arrumaria essa confusão
toda e que iria parar numa delegacia.
Ao acabar a confusão e descobrindo
que eu era brasileiro, o policial se empolgou e ficou fazendo várias
perguntas sobre o Brasil. Nessas horas é bom ser brasileiro!
Deixei a delegacia que ficava em pleno
Casco Viejo, local de reconstrução da cidade após um ataque pirata
que destruiu a antiga, localizada a 2 Km dessa área. Hoje em dia é
um bairro histórico e turístico.
Ah sim, querem saber o nome do taxista
171? é Moises e o seu táxi é o de matrícula 8RI-7647. Fique de
olho!
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