Everest Base Camp (dia 7): Trekking até Gorak Shep e chegada ao Campo Base

A conquista do campo base no sétimo dia de trekking


Às 8h30 iniciei a caminhada do dia decisivo do trekking rumo ao Everest Base Camp. A primeira etapa seria percorrer 4,3 km até a aldeia de Gorak Shep (5.170 m), a última antes de chegar no campo base. O começo é fácil, uma trilha quase plana que segue entre pedras. No caminho ainda passa perto da entrada da Everest Pyramid, uma estação meteorológica construída por italianos.

O começo da trilha é quase plano


Entrada da estação meteorológica chamada de "pirâmide"


Ao final do trecho plano da trilha, há uma subida íngreme, porém curta. Depois a trilha continua através de subidas e descidas que vão ficando cada vez mais cheias de pedregulhos. Em alguns pontos a imagem do Everest é bem nítido, além das outras montanhas e da geleira que fica no vale. De frente para o itinerário está a Kala Patthar (5643 m) a montanha que possui o melhor mirante para o Everest. A trilha começa a partir de Gorak Shep.

A montanha Kala Patthar (5.643 m) fica no horizonte da trilha


A trilha passa por cenários com paredões de gelo incríveis


A caminhada se torna um sobe e desce sobre pedras


Um bom lugar para parar, respirar e fotografar


GORAK SHEP

Cheguei em Gorak Shep às 12h30 com dor de cabeça forte. Não há muita opção de hospedagem na aldeia, sendo os principais lodges: o Himalaya Lodge, o Kala Pattar lodge e o Snowland Lodge (que eu escolhi). O valor do quarto é 700 rupias. O ambiente é bem rústico, limitado e não havia água nem para lavar a mão no banheiro. Deitei na cama e dormi por 1 hora, foi o suficiente para melhorar a dor e seguir para a próxima etapa.

A pequena aldeia de Gorak Shep nos pés do Kala Patthar


TRILHA PARA O EVEREST

Às 14h00 iniciei a caminhada até o objetivo final que era o campo base do Everest. A trilha tem cerca de 3 km de distância e dura em torno de 2 horas para chegar no local. O caminho não tem grandes desníveis, porém tem muita pedra, com subidas e descidas curtas. 

Placa em Gorak Shep que indica a direção do Everest Base Camp


Durante a trilha é possível ver parte do Everest (no meio) atrás das montanhas


Comecei a trilha tarde e os últimos grupos já estavam retornando


EVEREST BASE CAMP

O primeiro sinal de chegada ao campo base é a placa do Parque Sagarmatha marcando 5.205 metros de altitude. O campo base de verdade ainda não é naquele ponto, sendo necessário caminhar ainda por um caminho extenso pela crista daquele morro. A trilha termina antes de uma stupa de pedras enfeitada com as bandeirinhas coloridas, é ali que existe uma descida até o ponto em que as expedições de escalada ao Everest chegam a ficar acampadas até por uma semana para aclimatar para a subida. Eram 16h da tarde e não havia ninguém por ali, nem acampando nem visitando o campo base. Tive um momento exclusivo com aquele cenário a 5.380 metros de altitude. A missão estava cumprida!

A placa do Everest Base Camp está um pouco distante do local de fato


A descida até o campo base está antes dessa stupa de pedras


Objetivo alcançado: Everest Base Camp!


Bandeiras e faixas de várias expedições internacionais


Lago congelado na geleira próxima ao Base Camp


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Comentários

  1. Renam, acabei de ler seu relato de trekking ao EBC. Meus Parabéns por tudo. Você estava sozinho, né mesmo? Quem tirou as fotos aqui apresentadas? Ou você usava um tripé? As fotos são de celular ou outro,câmera ou Gopro? Gratidão por nos brindar com tantas informações. Você escalou em que mês exatamente?Saudacoes, Flavio

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Sobre o autor

Sobre o autor
Renan é carioca, mochileiro, historiador e arqueólogo. Gosta de viajar, fazer trilhas, academia, ler sobre a história do mundo e os mistérios da arqueologia, sempre comparando os lados opostos de cada teoria. Cada viagem que faz é fruto de muito planejamento e busca conhecer o máximo de lugares possíveis no curto período que tem disponível. Acredita que a história foi e continua sendo distorcida para beneficiar alguns grupos, e somente explorando a verdade oculta no passado é que se consegue montar o quebra-cabeça do mundo.